Laércio Oliveira discursa em homenagem ao centenário de Ofenísia Freire
O deputado federal Laércio Oliveira (Solidariedade/SE) discursou no Plenário da Câmara em homenagem ao centenário de nascimento da professora Ofenísia Freire comemorado nesta sexta-feira, 6. “A Mestra de Todos Nós que faleceu há seis anos merece todas as homenagens por seu dedicado trabalho como professora e como intelectual”, disse o deputado.
Ele citou o pesquisador sergipano, Luiz Antônio Barreto, que escreveu que “ensinar é um exercício constante de cidadania, onde o professor, curador do conhecimento universal, na sala de aula faz a síntese da cultura, ao receber e orientar seus alunos, no processo ensino-aprendizagem. É aí, nesse contato inicial e repetido em anos seguidos, que o professor e a escola tanto pode alienar, quanto desalienar o aluno, fazendo do conhecimento a argamassa da construção do saber crítico, capaz de entender a realidade e de guiar as pessoas pela vida. E a biografia de Ofenísia Soares Freire, segundo ele, é repleta de êxitos nesse sentido”.
O parlamentar lembrou que desde que chegou em Aracaju, nos anos 30 do século XX, que Ofenísia Soares Freire escolheu, vocacionada, sua profissão. “Foram décadas de ensino em colégios públicos e da rede particular, como o Ateneu e o Tobias Barreto. Não havia, contudo, diferença alguma na qualidade do trabalho diário da professora”, informou.
Natural de Estância, berço da civilização sergipana, onde circulou o primeiro jornal da Província – o Recopilador Sergipano – Ofenísia Freire sempre lembrava os tempos em que ainda muito jovem via o escritor Jorge Amado na Papelaria Modelo, lendo ou escrevendo. “Jorge Amado era filho de estancianos e por dois períodos morou na cidade, que foi cenário de alguns livros seus, a exemplo do livro Tieta do Agreste”, explicou o deputado.
“Aposentada, viúva, Ofenísia Freire passou a dedicar-se às atividades intelectuais, aceitando convites para fazer conferências, discursos, participando de debates e integrando instituições culturais, como a Academia Sergipana de Letras, para a qual foi eleita em 1980, na vaga do poeta Abelardo Romero. Também em 1980 publicou seu livro A Presença feminina em Os Lusíadas. Foi do Conselho Estadual de Cultura, Secretária Municipal de Cultura e Vice Presidente da Academia Sergipana de Letras”, finalizou.