O Senador do Emprego

Comitê pretende promover concorrência no mercado de gás e tornar a produção de fertilizantes viável

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Em reunião para discutir o arrendamento das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados, realizada em Brasília nesta quarta-feira, 10, o ministro das Minas e Energia Bento Albuquerque afirmou que um dos maiores problemas para a inviabilização das Fafens da Bahia e Sergipe é o alto preço do gás. Por esse motivo, eles instalaram um Comitê para aumentar a competitividade do produto. O objetivo é promover concorrência no mercado de gás e criar choque de energia barata para reduzir o custo em 50%. De acordo com o deputado Laércio Oliveira, o ministro ficou de resolver a questão em um prazo de 60 dias.

“Quem tarifa o gás é a própria Petrobras e ela não quer baixar esse preço. Então, por consequência de toda essa nossa luta já se criou um Comitê para tratar da competitividade do preço do gás, ou seja, vai abrir o mercado para quem quiser vender gás por um preço competitivo. Não será mais uma espécie de monopólio da Petrobras. Pedi ao ministro para falar com o presidente da Petrobras para não pensar somente a empresa, mas no Brasil”, disse.

Laércio também fez um apelo para que as fábricas sejam reabertas. “Tem que vir uma ordem do governo para a Petrobras. O presidente disse que perde 10 milhões por mês com a Fafen de Sergipe. Nós pedimos que perca por mais um ano para que a fábrica seja arrendada por um preço melhor. O prejuízo, se existir, vai ser menor”, disse Laércio.

O ministro informou ainda que as empresas pré-qualificadas para participarem do arrendamento da Fafen vão visitar as fábricas o mais rápido possível. “Contamos com as contribuições dos Governos de Sergipe e da Bahia para facilitar o processo”, explicou o ministro.

Os governadores de Sergipe Belivaldo Chagas e da Bahia Rui Costa afirmaram que vão se empenhar para oferecer melhorias fiscais para o funcionamento das fábricas, mas que a questão do preço do gás é primordial para que as empresas se interessem pelo arrendamento.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Sergipe, José Augusto, afirmou ainda que o Brasil continuar produzindo Fertilizantes Nitrogenados é uma questão estratégica para não ficar dependente 100% do produto importado. “A grande saída de divisas com a importação de fertilizantes para o setor agrícola deixa o país vulnerável e totalmente dependente do fertilizante importado”, afirmou.

Participam da reunião também os senadores Rogério Carvalho, Maria do Carmo e Jaques Wagner da Bahia, além de técnicos da Petrobras e do Ministério das Minas e Energia.

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