Setor de serviços quer debater retomada econômica pós-pandemia
Na última quinta-feira, 7, o presidente Bolsonaro e o ministro da Economia Paulo Guedes receberam no Palácio 15 empresários para tratar sobre o colapso na economia provocado pela pandemia do coronavírus. De acordo com o deputado federal Laércio Oliveira, faltou ao governo federal receber o setor que representa hoje 70% do PIB do Brasil.
“Como presidente da Frente Parlamentar em defesa do Setor de Serviços, enviei ao Ministério da Economia um ofício no último dia 20 solicitando uma audiência reunindo o setor, mas ainda não obtivemos resposta. Acredito que o governo deveria ter nos convidado para debater o assunto na reunião que só teve a presença da indústria”, disse Laércio.
Laércio afirma que os números mostram que a expansão da economia brasileira depende diretamente do crescimento deste setor, demonstrando que sua atuação tem relevância estratégica à geração de emprego no mercado de trabalho e disseminação de renda, especialmente nesse período de crise.
“O setor de serviços é para economia a engrenagem propulsora com maior capacidade de resposta imediata, capaz de gerar empregos e renda em curto prazo, dada a sua diversidade de segmentos dentro do setor e capilaridade na economia brasileira. Somente no ano passado, o setor liderou o número de empregos gerados e registrou 6.966.824 admissões, o que comprova a sua capacidade de empregabilidade e consequente geração de renda”, defendeu Laércio no ofício enviado, com uma série de sugestões sobre a retomada da economia.
“O setor de serviços será um dos grandes propulsores da retomada pelo simples fato de que, é ágil na contratação de mão de obra. E mesmo no atual cenário, continua garantindo suas contratações e juntando esforços para atender às necessidades da população que permanece em isolamento, já que muitos serviços foram considerados essenciais pela Medida Provisória 926/2020, tais como telesserviços, segurança e transporte de valores e a assistência à saúde”, disse.
STF
Após a reunião no Palácio do Planalto, o presidente Bolsonaro, o ministro e empresários seguiram para uma reunião com o presidente e o STF, o que foi criticado por alguns setores da imprensa. “Não vou emitir juízo de valor sobre essa segunda parte da reunião, mas o fato é que o setor de serviços deveria ter sido chamado para a primeira”, afirmou Laércio.
Participaram das reuniões representantes das associações e entidades de diversos setores da indústria, energia, farmacêutico entre outros. Na reunião no Supremo, Bolsonaro fez um apelo a Toffoli alertando sobre os riscos de um colapso na economia durante a crise do novo coronavírus. Entre as razões citadas pelo presidente estão novamente as medidas restritivas adotadas por governadores e prefeitos.