O Senador do Emprego

Em entrevista a rádio paulista, Laércio contesta trabalho voluntário na Copa

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O deputado federal Laércio Oliveira tem concedido entrevistas a diversos veículos de comunicação do país sobre a audiência pública que realizou na Câmara dos Deputados contra o trabalho voluntário na Copa de 2014. Mais de cem mil candidatos se inscreveram para trabalhar voluntariamente no evento esportivo. Elas disputarão as 18 mil vagas oferecidas pela Fifa.

Nesta quinta-feira, 6, em entrevista a Rádio Auri-verde, transmitida para 49 municípios da região central de São Paulo, o parlamentar disse que essas pessoas estão se inscrevendo porque têm a ilusão de que vão que vão ficar perto dos ídolos ou que vão assistir aos jogos gratuitamente. "Mas isso não vai acontecer porque a maioria ficará bem longe dos estádios, organizando fila ou estacionamento, por exemplo, e trabalhando cerca de 10 horas por dia, recebendo apenas farda e alimentação", afirmou Laércio.

Para o deputado, é preciso apurar se o recrutamento de voluntários pela Fifa configura ou não um artifício para evitar o pagamento de mão de obra e de direitos trabalhistas. "O serviço voluntário tem nexo causal com o bem comum, em que instituições, normalmente do terceiro setor e sem fins lucrativos, são movidas principalmente pela motivação pessoal. Não me parece que os interesses em jogo em uma Copa do Mundo, que movimenta bilhões de dólares, possam ser enquadrados no serviço voluntário nos termos da Lei 9.608/98", contrapõe Oliveira, que solicitou uma audiência com o ministro do Trabalho, Brizola Neto, para tratar do assunto.

De acordo com o balanço da Fifa referente ao ano de 2011, a Copa do Mundo de 2014 já rendeu um faturamento de cerca de R$ 1,6 bilhão para a entidade. Só de lucro a Fifa teve no ano passado aproximadamente R$ 68 milhões.

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