O Senador do Emprego

Ensino técnico profissional na discussão do Novo Ensino Médio

Ensino técnico profissional na discussão do Novo Ensino Médio
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. Na ordem do dia, o PLP 175/2023, que Altera a Lei Complementar nº 172, de 2020, a fim de conceder prazo aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para executar atos de transposição e de transferência. À tribuna, em discurso, senador Laércio Oliveira (PP-SE). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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O senador Laércio Oliveira (PP/SE) discursou nesta quarta-feira, 17, no Plenário do Senado sobre a discussão do novo Ensino Médio e a inserção do ensino técnico profissional. “Esse é um assunto que defendo há anos. Não há país que tenha crescido economicamente sem investir em educação profissional. Para que a economia se desenvolva, o cidadão precisa ter habilidades compatíveis com as necessidades do setor produtivo”, disse o parlamentar.

Ele destacou que no Brasil existe um problema: “o atual Ensino Médio tem a pretensão de passar um extenso currículo como meio de preparar o jovem para o Ensino Superior. Porém, na prática, as vagas na universidade ainda são limitadas e o ensino público, muitas vezes, não é capaz de tornar competitivos os candidatos das classes mais vulneráveis, que acabam ficando sem acesso a um curso universitário e sem uma profissão”, observou.

O senador lembrou que uma das heranças que a escravidão deixou no Brasil é a ilusão de que os trabalhos manuais e técnicos seriam menos meritórios que as atividades intelectuais. “Essa mentalidade nega a diversidade do ser humano, que pode, evidentemente, almejar a pesquisa científica e as atividades intelectuais, mas que também pode ter tantos outros sonhos e talentos em nível mais técnico e operacional, e igualmente imprescindíveis à sociedade”, disse.

Laércio enfatizou a importância da conexão com o mercado. “Nesse aspecto, uma escola profissionalizante em uma região produtora de grãos, por exemplo, precisa desenvolver cursos para a agroindústria e agropecuária. Outra região pode ter seu foco em turismo ou desenvolvimento de software. O importante é que se formem jovens em cursos que guardem relação com o sistema ocupacional da região”, explicou.

O senador citou como exemplo sua nova missão em Sergipe que está em vias de passar por uma grande transformação no setor de energia, gás e petróleo nos próximos anos, com a aprovação da Lei do Gás. Mas, para acessar esses empregos, os nossos trabalhadores precisam estar plenamente qualificados. “Uma emenda de minha autoria destina R$ 20 milhões para o Programa Primeiro Emprego, do Governo de Sergipe. Este programa tem como objetivo capacitar mais de 5 mil jovens no estado e proporcionar oportunidades de inserção no mercado de trabalho através do ensino técnico”.

O parlamentar lembrou que o programa inclui a captação de vagas, parcerias com empresas, qualificação da mão de obra e fornecimento de bolsas de auxílio e alimentação durante seis meses. “A expectativa é que a iniciativa aproxime os jovens em busca de emprego das empresas que procuram mão de obra qualificada”, disse.

Laércio Oliveira encerrou seu discurso dizendo que “nenhuma área pode unir melhor a sociedade que a educação. Nenhuma ferramenta é mais decisiva do que ela para superar a pobreza e a miséria. Nenhum espaço pode realizar melhor o presente e projetar com mais esperança o futuro do que uma sala de aula bem equipada. É hora de investir ainda mais na capacitação profissional dos jovens”, concluiu.

 

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