O Senador do Emprego

Laércio fala sobre choque de energia barata em comissão de Minas e Energia

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Em discurso na Comissão de Minas e Energia que teve a presença do ministro Bento Albuquerque, nesta quarta, 26, o deputado federal Laércio Oliveira defendeu a resolução do Conselho Nacional de Politica Energética (CNPE) que promete o choque de energia barata, fazendo com que o preço da energia caia em até 40% com a abertura do mercado. “Nesse contexto, os estados tem um dever de casa a cumprir reforçando a qualidade do trabalho das agências reguladoras. Já os parlamentares têm um papel importante para promover o aperfeiçoamento legislativo. Me coloquei à disposição para ajudar nesse processo”, disse.


O deputado também recebeu o diretor de Relações Institucionais da Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento, Luiz Fernando Quilici que falou sobre a importância a diminuição do preço do gás para o setor. “O gás representa hoje 37% do custo da cerâmica e hoje 70% da cerâmica do Brasil é produzida em São Paulo, mas o mercado consumidor do Nordeste é o segundo que mais cresce, por isso as empresas tem grande interesse em se instalar em Sergipe. O mesmo acontece com indústria de medicamentos, vidro, entre outras que tem o gás como importante insumo”, afirmou Luiz Fernando.

De acordo com Laércio, esse momento de otimismo no setor se deve ao plano de abertura do mercado de gás natural no Brasil pode contribuir para uma redução de 40% no preço da energia no país em cerca de dois anos. “Um choque de energia barata é tudo que esses segmentos sonham e as consequências são geração de empregos e produtos mais baratos para a população e isso é o que o Brasil mais precisa nesse momento”, disse.


Novo Mercado de Gás
Nesta quarta o governo publicou a resolução do CNPE com as diretrizes que devem permitir o aumento da concorrência no mercado de gás natural. Entre elas está a venda de transportadoras que hoje são da Petrobras e a privatização de distribuidoras de gás natural controladas pelos estados.

O governo conta com essa abertura, e com o consequente aumento da concorrência no setor, para reduzir o preço do gás natural e também da energia elétrica (parte das usinas térmicas brasileiras usa este combustível para gerar eletricidade).

As indústrias devem ser as maiores beneficiadas com as medidas. Já o consumidor deve ser beneficiado pela queda no preço da energia elétrica gerada pelas térmicas que usam gás natural.

Segundo informações do Ministério de Minas e Energia, mais de 80% do gás natural é consumido pela indústria e por usinas térmicas. Em março deste ano, por exemplo, os consumidores residências responderam por 1% da demanda. Já os automóveis representaram 9% da demanda total.

Cenário atual
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a Petrobras é responsável por 77% da produção nacional e por 100% da importação. A estatal é sócia de 20 das 27 distribuidoras de gás natural, tem participação acionária em todos os dutos de transporte em operação e tem 100% da oferta na malha integrada.

A Petrobras também opera praticamente toda a infraestrutura essencial e consome 40% da oferta total de gás natural.

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