Seminário marca protagonismo de Laércio Oliveira no setor de petróleo e gás no país
Nesta quarta-feira, 16, aconteceu em Aracaju a abertura da segunda edição do Seminário ‘Sergipe Oil & Gas’, que trouxe à luz discussões importantes sobre os investimentos nos setores de Petróleo e Gás, tanto em âmbito nacional quanto local. Realizado no Vidam Hotel, na Orla de Atalaia, o evento reuniu profissionais renomados, agentes públicos e privados, e representantes do setor para analisar o cenário promissor da indústria no Brasil e, especialmente, no estado de Sergipe.
Sergipe se destaca atualmente pelo enorme potencial em petróleo e gás, alavancado pelo projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP) da Petrobras, com início de produção previsto para o ano 2028. A expectativa de produção gira em torno de 240 mil barris de petróleo por dia e 20 milhões metros cúbicos/dia de gás canalizados do mar, num gasoduto com cerca de 100 km de extensão nas águas, com mais 25 km em terra. Com isso, o estado será responsável por 20% da produção nacional de gás.
Durante sua fala, o Senador Laércio Oliveira (PP-SE) enfatizou como essa abundância presente na nossa costa está atraindo negócios estratégicos, apontando para um futuro promissor de desenvolvimento econômico e crescimento sustentável para o estado de Sergipe. Ele destacou que importantes investimentos já estão acontecendo a partir da nova Lei do Gás – sancionada em 2021 – nas industrias termoelétricas, de fertilizantes, vidros, cerâmica e petroquímica.
“As perspectivas de futuro são extraordinárias. Nós temos uma projeção palpável para o estado de Sergipe, através de uma infraestrutura larga, e isso foi tratado numa reunião que eu participei juntamente com o governador Fábio Mitidieri com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. É preciso que industrias levem esse gás abundante para todas as regiões do estado para que haja atratividade de mercado e, consequentemente, geração de emprego, renda, desenvolvimento e crescimento”, pontuou Laércio.
Também presente no evento, o governador Fábio Mitidieri enfatizou a importância que o governo do estado tem dado ao setor de Petróleo e Gás. Segundo ele, o momento é de criar um ambiente necessário de negócios para que as indústrias se instalem e aqui gerem oportunidades. “Nós sabemos da transformação que o estado de Sergipe vai viver nos próximos anos a partir do início da exploração do gás. E nós estamos oferecendo todas as condições para que as indústrias se instalem. Não queremos apenas os royalties do gás, queremos que vocês venham para cá, que consumam aqui, que nos ajude a gerar empregos”, disse Fábio.
Estado promissor
As novas descobertas e a continuidade da exploração de petróleo e gás nos campos terrestres, desenvolvidos pela empresa Carmo Energy, são um vetor de desenvolvimento com potencial estruturador da economia sergipana para as próximas décadas. Na Barra dos Coqueiros, a 20 km de Aracaju, está localizada e em funcionamento a Usina Termoelétrica (UTE) Porto de Sergipe I, de propriedade da Eneva. Esta UTE é a maior unidade geradora do gênero no Brasil, com capacidade de geração de 1.600 MW, e desponta como vetor do desenvolvimento na indústria nacional de energia e gás.
A Eneva tem ainda quatro novos projetos prontos, aguardando oportunidades nos novos leilões de energia, e que, em conjunto, terão capacidade de geração de 3.200 megawatts de energia. Visando ao transporte de gás, já se encontram em execução as obras de implantação do gasoduto de transporte para a conexão do terminal de GNL da Usina Termoelétrica (UTE) Porto de Sergipe I à malha de transporte da Transportadora Associada de Gás (TAG), com capacidade de 14 milhões de m3 de gás por dia, abrindo um leque de perspectivas para acelerar o suprimento de gás em Sergipe e todo o Nordeste.
O presidente da Sergipe Gás (Sergas), José Matos, enfatizou a importância do Seminário como um catalisador para o desenvolvimento e aprimoramento contínuo do setor de energia. “Hoje estão aqui todos os atores que contribuem para o desenvolvimento do Estado no setor de óleo e gás. E o governador Fábio Mitidieiri, extremamente preocupado e atuante, vem conversando com as indústrias, mostrando o cenário de Sergipe para os próximos anos. Então, eu quero parabenizar o governo, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), em particular o seu superintendente executivo, Marcelo Menezes, pelas palestras e toda a troca de conhecimento oportunizada aqui”.
Protagonismo nacional
Eduardo Aragon, diretor da Brainmarket, uma das organizadoras do evento, destacou o protagonismo do estado de Sergipe no setor de gás para a atração de novas indústrias, cujo insumo é o gás como matéria prima. “A gente fala só sobre a Bacia de Campos, Bacia de Santos, pré-sal e agora nós vamos ouvir falar muito de Sergipe Águas Profundas, 240 mil barris de óleo por dia, 18 milhões de metros cúbicos de gás, interligação da termoelétrica com a TAG, terminal de regaseificação privado da Eneva”, elencou.
Aragon também destacou o protagonismo de Laércio Oliveira no setor de Petróleo e Gás. “Eu tenho uma admiração muito grande por ele. Ver um senador discutir um tema tão complexo como esse de uma forma técnica, competente, a gente vê que ele sabe o que está falando. Eu só tenho a parabeniz-lo por ter vindo mais uma vez prestigiar o nosso evento. É disso que o Brasil precisa. Na verdade, nós precisaríamos de vários Laércios no Brasil”, finalizou.
Para Symone Araújo, diretora da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), é importante destacar contribuição do senador Laércio Oliveira como parlamentar, sobretudo, ao compreender a organização do mercado. “O primeiro aspecto que eu ressalto foi o papel conciliador e inteligente do senador Laércio Oliveira, à época deputado federal, que conseguiu com muita sabedoria, paciência e capacidade de concertação, construir ao final um relatório de uma lei que efetivamente tá respondendo aos desafios do mercado muito rapidamente”, disse.
“Essa lei, sancionada em 2021, já produziu efeitos bastante visíveis, em especial no Nordeste, em especial em Sergipe. A região Nordeste do Brasil hoje é a região que já vinha sendo abastecida por múltiplos agentes e isso tem produzido uma competição muito saudável no mercado de gás, permitindo que a nossa região já possa ofertar ao mercado um gás em torno de 17, 18% mais barato do que o gás ofertado no resto do Brasil. Ou seja, a a contribuição do senador Laércio, como parlamentar, foi sobretudo compreender a organização do mercado e na qualidade de relator, em conjunto com a indústria, com as instituições de Estado e com o governo, para efetivamente contribuir com a abertura do mercado de gás no Brasil”, apontou a diretora da ANP.